terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Maldito fim antes do fim

Já suspiraste por uma mão, só às vezes pensas na esperança que apunhalada pelo tempo faleceu banhada em lágrimas que se esgotaram. Fazes o luto da tua vida, sentes o teu abandono forçado por escolhas fáceis, pelos abismos da desgraça, pela má sorte, pela desilusão, pelo esquecimento do presente. Cravado no fim do caminho que aos poucos se desmorona, suspenso por restos de lembranças, presente por sobrevivência, como sombra do que eras e do que serias, ausente de força, desgastado, arrastado e triste, tão triste, tão triste de testemunhares as oportunidades que não aconteceram, as rotas que se perderam, a vida que te escapou por entre os dedos...

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