terça-feira, 31 de julho de 2007


Que o Teu gládio me fira mortalmente.
Eu sou de alma dispersa e vagabunda,
Tudo me destrói e cada ser me inunda
E posso assim rolar eternamente.



Sophia de Mello Breyner
Foto: Notre Dame-Paris-2006

Bala dirigida

Ui, que surpresa...
Quando te ia pedir para falarmos
Tu já tinhas decidido tudo, por nós!
Se calhar a decisão foi a mesma
Que iriamos tomar,
Foi pena não termos podido conversar!

Sinto-me como se me tivessem cortado a voz,
Que sensação de vazio...
Não deixo de te querer bem,
Mas parece que levei um tiro!

Não

Não, a cadeira não serve, o chão não chega!
Não consigo ficar em nenhum lugar, enquanto não souber o que estas a pensar!

Como querer?

Como vamos querer acabar o que não começou?
Como vamos querer parar o vento que soprou?
Como vamos querer prender a agua que jorrou?
Como vamos querer abafar a explosão que começou?

Os laços que nos unem

Os laços que nos unem apertam...
Amanhã é tão longe para viver contigo o nosso sonho,
A minha alma chama-te: quero conhecer-te nas horas más..., quero abraçar-te!
O meu sorriso ausente diz: vamos viver...posso alimentar-me de nós?
A minha mão estentida pede a tua para redescobrir novos caminhos.
Deixa, deixa que os laços que nos unem se apertem!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Não é fácil

Eu sei que tu não conheces a minha vida
Não conheces as minhas filhas....
Eu sei que isso não vai ser fácil, sabes?
Eu sei e tu vais saber que o sonho...o imaculado
Não vai chegar por inteiro e por tempo indefenido
Eu sei que o que te posso trazer é limitado
E não depende só da minha vontade!
Eu sei que o ar oxida e o tempo transforma
Eu sei e tu vais saber que a felicidade
São apenas pequenas coisas:
São a presença, a segurança e a confiança!

You

You are my place
You are the light that shines in
You are the calm of ranged things
And the life of an opened door
That let my ears sense
The pulling of a drawer.
15/10/06

Início

Ai que vou magoar-me!
Só estou a ver e a sentir o lado bom
O enibriar do inicio, o aumentar da paixão
.... e não me quero curar! :-)

27/04/03

Navegar

Recolhi a minha embarcação por ter percebido que não era dia de navegar. E assim que recolhi veio o sol, a brisa e o brilho no mar.
O horizonte chama-me baixinho e as ondulações que são tuas são sinal de vida, de que o hoje existe.E não chego a amarrar, fico com a corda na mão a olhar, um sopro de esperança, uma força que me impele...e não vou resistir a sentir-me de novo em comunhão entre o céu e a àgua desta terra.
Sozinha contigo...contigo nas correntes que, devagar, nos levam longe!

Desejo feroz

Ser um ser...
Sentir o impulso animal
Reagir ao aroma de uma brisa
Amar-te sem amarras
Desejar-te sem fronteiras
Viver como um lobo esfomeado
Que jurou que ias ser sua presa!

domingo, 22 de julho de 2007

Foste tu ou fui eu?

Invadiste o meu dia e a minha noite
Com uma presença ausente
Eu a não querer, mas a tentar agarrar-te
Sem fim, numa perseguição constante.
Palpito, tremo, sorrio com medo
Não me consigo livrar desta rede.
Foste tu ou fui eu que a lancei?

Queria vir descansar
Mas a tua presença paira no ar.
Pior, está cá dentro. Que é isto?
Será solidão, será paixão?
Será um desvio, será o centro
Que eu procurava sem esperança?
Alias, já nem procurava!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Esta lagrima

A minha lágrima deve ser apenas um erro,
Pois a razão e o coração entendem que te vás embora
Desejam-te uma viagem segura e cheia.
Sabem que somos um conjunto especial
E o traço desta tinta é indelével.
Mas o tempo passa levando consigo
A definição dos contornos, as certezas
Será legível todo o nosso poema
Quando finalmente o quisermos ler?

A minha lágrima deve ser apenas um erro,
Mas desce pela face na mesma.


20/07/2007

Não sei se sei

Não sei o que iremos ter,
Mas sei que temos uma mão amiga
Um olhar compreensivo
Sei que queremos viver
Gozar o sol antes da noite
Guardando fôlego para contar as estrelas!

Será?

Não sei o que me acontece
Estou a apaixonar-me?
Ainda é cedo para saber se será uma construção
Mas os blocos vão-se juntando
E estou com vontade de a ver crescer!

Revelação

Que surpresa! Que surpresa
Me pregaste coração!
Que andavas tu a cozinhar
No segredo do teu labirinto
Para agora me mostrares
A obra feita e eu ter de a aceitar?
Mas não te enganes, não fiquei triste,
Só admirada com tanta força,
Traços certos e tantas cores.

(obrigada por não teres desisitido)

Estas a mostrar-me um novo sentido
Que eu não consigo ignorar e me preenche o dia totalmente,
...mas devagar
Que me dá esperanças, suspiros
E no qual só posso acreditar!

Fio, linha, ligação

Sabes, estou aqui sentada, mas o meus pensamentos estão contigo!
Não consigo perceber esta ligação...parece que o único fio visivel é aquele que me liga a tí!
Imagino uma linha a direito entre este degrau onde me sento e que passa por todos estes montes e estradas até ao espaço que ocupas....e não a quero perder!