quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ao som do poema





Nasce a aurora num raio de luz
Aos poucos espreguiçam-se as cores
Solta-se a medo o verde que banha o chão
O orvalho brilha em acordes
Ritmadamente movem-se os bichinhos
Num novo ciclo circadiano, sem porquês
E a natureza desperta preguiçosa, mas imparável
Imparável, desdobrando-se em belezas
Desabrochando como se nada fosse senão natural
Mas vêm as sombras, seca-se a terra à medida que o sol sobe
E a tristeza de que tudo se está sempre a perder
Que morre e renasce, faz e desfaz-se
O fluxo não para, ninguém o consegue abrandar
A pena melancólica de que o temos de aceitar
E que os momentos não são eternos, mas lindos
E ainda mais por serem assim....
E morre o dia num último raio de luz
Aos poucos as cores adormecem em escuridão
A terra reverbera ainda o que foi o dia e
Sente-se a pausa, no entanto viva, de uma noite
Num novo fim, num novo início...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Hoje







Perdi-me no eco da tua voz...
Amanheci em acordes!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Linha, ligação

Sabes, dei-me conta que fez agora um ano em que pegamos nas pontas de um mesmo fio! E estive ali sentada e os meus pensamentos ainda estiveram contigo...de outra forma pois descobri a ponta de outros fios apesar de não ter aberto a mão do que me liga a ti... E essa linha entre nós já não é uma recta, mas tem curvas que se encostam às montanhas, tem pontos onde brilha, tem segmentos onde não se vê de todo...só se imagina! E essa linha que me liga a ti não a perdi, mudou de forma, percebi-a.

Leve














No céu azul forte deslizo, brinco aos formatos...
e faço-me e desfaço-me...
sou nuvem, branqueada pelo sol
sou livre, animada pelo vento

Pouco

E não quero mais pensar.
Quero calar o sentir com a ausência de pensamentos.

E não quero mais sofrer.
Quero poder sorrir com uma anestesia do sentir.

E não quero mais estar triste.
Quero alegrar-me com gestos repetidos, automáticos.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Aprendendo

Mil obras, mil horas...
Há tempos de luta, há tempos de luto
Existiram batalhas a travar, existiram sofrimentos a tratar
Acredito que a sorte se faz, mas não se controla
Mas foram mil obras, mil horas
Foram sorrisos banhados de lágrimas, foram muitas dores
Foi desespero misturado de instinto de sobrevivência
Foram sombras com sonhos de luz, foi acreditar
Afastei e afastaram-se as espadas, os cortes, as feridas
Que nos deixam sem respirar, que nos fazem soluçar
Vivo no rescaldo do fogo, estranho o silêncio e abençoou-o
Mergulho de cabeça na paz esquecida, de tão ausente que foi
A custo acredito na minha vitória que foi tantas vezes só uma imagem imaginada
Imaginada,mas nítida, forte....longinqua....que me fez sobreviver
E que me fez encontra-la por labirintos cobertos de nevoeiro
Porque sabia o que não queria e o que queria, porque vacilei mas não caí
Porque ganhei apesar de ter perdido, porque recebi apesar de ter pago incansavelmente

Deus queira eu consiga conservar esta paz e se ela falhar saberei que vale a pena lutar, sem pressas, sem relógio, ir indo, um passo atrás do outro, uns passos dados à frente e outros empurrada para trás..., mas no caminho certo!


Como se faz

para apagar uma esperança?

sábado, 5 de julho de 2008

Está na hora



de ser Verão!

...de ser mini-saia, de dias grandes, de sorrisos, de boa disposição...