
Agora volto a sentir pelo teu abandono da minha vida a mesma sensação de apreensão, de liberdade assustadora. Mas agora não o sinto como experiência, não o sinto como um passo fundamental para o resto da minha vida.
Há amarras que se têm de soltar a certas alturas e embora assustem achamos positivo e ficamos contentes por ultrapassa-lo, pois são componente do nosso crescimento. Outras amarras não são feitas não à nascença, mas à custa de investimento e algumas dessas, esta para mim, chegam também a abraçar o cerne do nosso ser. Estas se se soltam, quer venham mais tarde a ser considerado bom, ferem esse cerne. E sabemos que segundo a primeira experiência conseguimos sobreviver, mas agora não queremos perder a prisão, o laço, não queremos a liberdade independente.
Aquela sensação avassaladora de abandono que roça a nossa imagem, a nossa integridade emocional...como pode ser igual àquela da minha infância? Os sentimentos afinal são como a agua que desce das montanhas...descem...os caminhos podem ser diferentes, a velocidade também, ...mas quando salta faz sempre "splash", dispersa sempre.
E junta ou dividida, por diferentes caminhos, o fim é sempre o rio, é sempre o mar...até uma nova evaporação.
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