quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ao som do poema





Nasce a aurora num raio de luz
Aos poucos espreguiçam-se as cores
Solta-se a medo o verde que banha o chão
O orvalho brilha em acordes
Ritmadamente movem-se os bichinhos
Num novo ciclo circadiano, sem porquês
E a natureza desperta preguiçosa, mas imparável
Imparável, desdobrando-se em belezas
Desabrochando como se nada fosse senão natural
Mas vêm as sombras, seca-se a terra à medida que o sol sobe
E a tristeza de que tudo se está sempre a perder
Que morre e renasce, faz e desfaz-se
O fluxo não para, ninguém o consegue abrandar
A pena melancólica de que o temos de aceitar
E que os momentos não são eternos, mas lindos
E ainda mais por serem assim....
E morre o dia num último raio de luz
Aos poucos as cores adormecem em escuridão
A terra reverbera ainda o que foi o dia e
Sente-se a pausa, no entanto viva, de uma noite
Num novo fim, num novo início...

2 comentários:

Wolf disse...

adorei o teu poema

escreves de uma forma cativante e forte.....


voltarei se não te importares...


para ler todo de fio a pavio rsrsrs

kiss e amanha é novo dia inicio de processo...rsrsrs

kiss

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

novos ínicios para novos caminhos debaixo dos pés, acima da nossa vontade , em direcção a qualquer coisa apenas porque sim...


abraço