
Um impeto não controlado, um controle não desejado.
Depois é afinal todo o teu braço que me apanha as costas,
Num gesto muito menos travado, conscientemente levado.
Apertas-me como se quisesses que soubesse de ti, sem teres de dizer.
E eu sei, correm-me palavras em cascata nos pensamentos,
Desordenadas.... e uma ou outra consigo travar antes de fugirem,
Atropeladas pelas que se encadeam, sem parar.
E ouço-te, ouço-me... sinto o que o abraço nos faz abraçar.
Demoramos hipnotisados nesse momento em silêncio,
Em que o corpo se esquece sem se deixar de fazer lembrar.
E surge-me uma vontade, gritante, de nos cantar, de te beijar.