Nasce a aurora num raio de luz
Aos poucos espreguiçam-se as cores
Solta-se a medo o verde que banha o chão
O orvalho brilha em acordes
Ritmadamente movem-se os bichinhos
Num novo ciclo circadiano, sem porquês
E a natureza desperta preguiçosa, mas imparável
Imparável, desdobrando-se em belezas
Desabrochando como se nada fosse senão natural
Mas vêm as sombras, seca-se a terra à medida que o sol sobe
E a tristeza de que tudo se está sempre a perder
Que morre e renasce, faz e desfaz-se
O fluxo não para, ninguém o consegue abrandar
A pena melancólica de que o temos de aceitar
E que os momentos não são eternos, mas lindos
E ainda mais por serem assim....
E morre o dia num último raio de luz
Aos poucos as cores adormecem em escuridão
A terra reverbera ainda o que foi o dia e
Sente-se a pausa, no entanto viva, de uma noite
Num novo fim, num novo início...
2 comentários:
adorei o teu poema
escreves de uma forma cativante e forte.....
voltarei se não te importares...
para ler todo de fio a pavio rsrsrs
kiss e amanha é novo dia inicio de processo...rsrsrs
kiss
novos ínicios para novos caminhos debaixo dos pés, acima da nossa vontade , em direcção a qualquer coisa apenas porque sim...
abraço
Enviar um comentário